Castelo Branco OC é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Castelo Branco e, situada na região estatística do Centro, na sub-região da Beira Baixa e na antiga província com o mesmo nome, com cerca de 34 000 habitantes no seu perímetro urbano.[1]
É sede do município de Castelo Branco, o terceiro maior português em extensão com 1 438,19 km² de área[2] e 52 272 habitantes (albicastrenses) (2021),[3][4] subdividido em 19 freguesias.[5] O município é limitado a norte pelo município do Fundão, a leste por Idanha-a-Nova, a sul pela Espanha, a sudoeste por Vila Velha de Ródão e a oeste por Proença-a-Nova e por Oleiros.
Ao contrário de outras cidades da região, que cresceram notavelmente devido à indústria têxtil, Castelo Branco sempre teve uma importância geoestratégica e política em Portugal. Não está, por esse motivo, sujeita às flutuações económicas que deslocalizaram empresas têxteis - mormente de laboração manual desqualificada - como sucedeu na região norte e na Cova da Beira. A composição sociológica predominante é por esse motivo também muito diferente de outras cidades de cultura do operariado.
Foi considerada em 2006, num estudo elaborado pela DECO, a segunda capital de distrito do país com melhor qualidade de vida.[6] Em 2017, encontra-se em 36º lugar nacional, e 7º lugar da região Centro.
Peça de bordado de Castelo Branco
Um dos produtos típicos da região são as colchas de linho bordadas com fio de seda natural, conhecidas como bordado de Castelo Branco, que se crê serem de inspiração oriental e que se tornaram conhecidas a partir de meados do século XVI. São conhecidas por suas cores vivas e pelos elementos que retratam, normalmente relacionados com a Natureza, destacando-se o frequente uso de árvores e pássaros.
O bordado de Castelo Branco tem semelhanças com as colchas de Toledo e Guadalupe, na Espanha. Representaram, durante séculos, a dignidade do enxoval de qualquer noiva da região, quer fosse plebeia ou nobre.
Alguns dos elementos desses bordados são o lar e a árvore da vida. Os desposados são representados por pássaros juntos, os cravos e as rosas representam o homem e a mulher, respetivamente, os lírios, a Virtude, corações para o Amor, gavinhas para a Amizade, entre outros.
Museu Cargaleiro na zona histórica de Castelo Branco
O Museu Francisco Tavares Proença Júnior é o mais conhecido da cidade de Castelo Branco. Fundado em 1910, é já um museu centenário, embora nem sempre tenha estado aberto nesse período de tempo. Ele guarda muitas peças identificativas da cidade e da região, como achados arqueológicos, tapeçarias do século XVI e arte primitiva portuguesa.
O Solar dos Cavaleiros, edifício de meados do século XVIII em pleno centro histórico, serve de instalação a uma parte do Museu Cargaleiro, onde é possível apreciar um notável conjunto de obras que integra o acervo da Fundação Manuel Cargaleiro: pintura, cerâmica, escultura, azulejaria, tapeçaria. O Museu foi inaugurado a 25 de Abril de 2004.
A Casa da Memória é um museu destinado a homenagear a memória do povo judaico, nomeadamente os judeus albicastrenses que, enquanto lhes foi permitido viver em Portugal, viviam na Judiaria - na rua Nova - e os cristãos-novos (designação pela qual ficaram conhecidos os judeus que continuaram a residir em Portugal após a conversão forçada) que, sob o olhar ameaçador da Inquisição, viviam um pouco por toda a vila.
Por fim, há o Museu de Arte Sacra "Domingos dos Santos Pio", a funcionar no Convento da Graça desde 11 de Novembro de 1984, que alberga artefactos de cariz religioso.
O feriado municipal, que se comemora no terceiro dia da Romaria da Nossa Senhora de Mércoles, tem sempre lugar na terceira terça-feira após a Páscoa.
Existem ao todo cinco bandas filarmónicas em atividade espalhadas por algumas freguesias do município, são elas:[11]
Existem na cidade alguns grupos de teatro amador que realizam as suas peças em diversos espaços na cidade e por todo o município: